terça-feira, 19 de abril de 2011

Resenha sobre o trabalho “A música na política eleitoral”, da 1ª sessão do GT 9 de quinta-feira por Isadora Mann

O primeiro trabalho apresentado no GT 9 (Propaganda e marketing político) foi sobre a questão dos jingles políticos-eleitorais. Primeiro define-se jingle: é uma música de curta duração cuja função é de chamar a atenção e a emoção do público. O jingle preocupa-se em ser popular e agradável aos ouvidos dos eleitores. É uma peça publicitária. A relação entre música e política é muito antiga, já que até na revolução francesa era usado um grito de guerra. Aqui no Brasil começou antes mesmo da república, na composição do Hino Nacional. Na composição dos jingles são usados vários elementos de síntese de várias características dos candidatos, ou seja, “quem sou eu tem que aparecer no jingle”. E para isso, utiliza-se de uma linguagem francamente emotiva, tentando fixar um conceito sobre a candidatura. Hoje a questão dos jingles é altamente contemporânea, uma vez que há um mesmo jingle com vários ritmos.

Uma curiosidade sobre os jingles que foi falada no trabalho é que há uma informação pouco mencionada nos mesmos: o partido. Isso é um indício de que o candidato já se coloca como protagonista da situação. “O importante não é o partido, o importante sou eu”. Uma tática bastante eficaz e praticada com regularidade na construção dos jingles é o uso de corais, que passa a idéia de coletividade. Remete ao apoio e a popularidade que a candidatura tem. Outro elemento muito presente também e que possui eficácia é o uso de vozes famosas. Um aspecto que é importante ressaltar é que jingle não é uma marchinha, porém essa última ainda se faz muito presente nos jingles. Surgiram antes mesmo do jingle comercial ser lançado nos EUA. Em termos de pesquisa, foram analisados 26 jingles históricos entre 50 e 62.

Como conclusão, pode-se dizer que a utilização dos jingles nas campanhas políticas é de grande importância para o sucesso ou não do candidato. Tanto o jingle pragmático quanto o emocional tem como objetivo conseguir apoio e votos, assim como tem o poder de diminuir o apoio e votos a outros políticos. A relação entre música e política perdura e uma coisa é certa: os jingles nunca caíram em desuso e provavelmente nunca cairão.

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