segunda-feira, 11 de abril de 2011

Resenha sobre o filme “A Vila” com base no texto “A República” de Platão, por Marcela Miranda

O mito da caverna, narrado por Platão no capítulo 7 do livro A República nos revela a história de homens que foram criados em uma caverna, acorrentados de uma maneira que os impediam de se movimentarem, ou seja, eram obrigados apenas a olharem para uma das paredes. Essa caverna continha apenas uma entrada de luz e era iluminada por uma fogueira, o que permitia a formação de sombras dos objetos de fora da caverna. Em certo momento é proposto a um dos homens que habita a caverna que seja solto, a partir disso passaria por uma adaptação ao esse novo mundo que foi apresentado. É nesse momento que Platão nos mostra a existência de dois mundos. O primeiro mundo dos homens que viviam na caverna, que acreditavam na realidade das sombras, pois era a única que conheciam e o segundo mundo, da vida fora da caverna que possuíam a razão e o conhecimento que levaria sempre para a verdade. Nesse ponto podemos observar algumas semelhanças com o Mito da Caverna e o filme A Vila do diretor M. Night Shyamalan - 2004 que retrata a história de algumas pessoas que a partir de suas experiências conturbadas e brutais resolvem criar uma nova realidade para viver. E assim elaboraram uma série de mentiras para manter essa vila típica de 1897, tranqüila e isolada. Estamos diante da existência de dois mundos também, a vila controlada intelectualmente pelos “anciões” que permitiam a circulação de conhecimento básico para a sobrevivência da vila, determinavam as regras, como por exemplo, a de que todos deveriam manter distancia da floresta, pois monstros a habitavam e isso seria uma medida de segurança para os moradores da vila. O outro mundo seria todas as outras civilizações contemporâneas que existiam, inclusive a cidade próxima a vila onde uma das personagens do filme busca por remédio.

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