quinta-feira, 16 de junho de 2011

Relação entre política, democracia e redes sociais! (Noemi Alcantara)

Redes sociais, a ferramenta escolhida pela Islândia para criar uma nova Constituição

por Joana Azevedo Viana, Publicado em 16 de Junho de 2011

Analistas apontam riscos de usar a internet num processo tão "complexo"

Uma Constituição colaborativa e que espelhe as vontades da população islandesa é a premissa que levou o Conselho Constitucional - formado por 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos depois do aval da Coligação que governa o país actualmente - a criar uma página de Facebook, onde os islandeses podem acompanhar a evolução das alterações à Constituição actual, bem como sugerir cláusulas para o documento.

Para além da página do Facebook, foi criado um perfil no Twitter, uma página no YouTube e uma conta no Flickr, para estimular a população a participar na redacção do documento que, até ao final do ano, deverá substituir o actual, datado de 1944. Todos os cidadãos do país podem ainda participar na preparação da nova Constituição até ao fim deste mês, precisando apenas de dar o nome e endereço de e-mail para isso. Os comentários e sugestões publicados nas páginas são filtrados por um moderador antes de serem publicadas. Mas nem isto relaxa os analistas contactados pelos média, que vêem riscos na utilização das redes sociais para algo tão importante como a criação de uma nova Constituição nacional.

Tiago Peixoto, que dirige o Centro de Democracia Electrónica da Universidade de Zurique e que é reconhecido como um dos maiores especialistas em governação com participação digital, reagiu na revista "Fast Company", sublinhando que até as pessoas com graus académicos superiores têm dificuldades em entender as legislações e a forma como estão redigidas. "E num processo constitucional isto torna-se ainda mais difícil", sublinha o analista brasileiro, que fala de uma experiência semelhante no Brasil. "A experiência de wiki-legislação pelo governo brasileiro foi o mais perto que o mundo esteve de tornar realidade a democracia legislativa online."

O caso da Islândia, contudo, é diferente. A nova Constituição não está a ser escrita na Wikipedia e as páginas criadas servem apenas para recolher o feedback dos cidadãos. O Conselho garante que a iniciativa está a correr bem, ainda que (como aponta Peixoto), o número de visitas continue reduzido tendo em conta que o país tem 320 mil cidadãos. Segundo Thorvaldur Gylfason, membro do CC, "o público adicionou muito ao nosso debate. Os comentários têm sido bastante úteis e têm tido um efeito positivo nos resultados."

Fonte: http://migre.me/54i1B

quinta-feira, 5 de maio de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"O Príncipe" e o "Ajuste Final"

Ao analisar o livro “O Príncipe”, de Maquiavel, e o filme “Ajuste Final” (Miller's Crossing), dos irmãos Coen, é possível traçar uma linha com inúmeros pontos de semelhanças e analogias.

No livro, Maquiavel faz o papel de conselheiro do príncipe no filme, Tom Ragen, personagem central da trama, é visto como um “homem de confiança”, capaz de olhar, analisar e perceber os fatos por diversos ângulos, portanto, um indivíduo ao qual muitos (de mafiosos à policiais) recorrem para obter conselhos, orientações. O foco do livro gira em torno da questão de como conquistar e manter o poder, arte que Tom mostra conhecer muito bem, no filme. Maquiavel escreveu que “um príncipe deve estimar os grandes, mas não se fazer odiado pelo povo” (capítulo XIX), frase que se aplica à diversos atos de Tom, que possui amizade com políticos, policiais, mafiosos poderosos mas também não deixa de dar atenção ao barman do restaurante, por exemplo. Ao ler capítulo XVII, em que Maquiavel discorre sobre “se é melhor ser amado que temido, ou antes temido que amado”, vemos muito de Tom e sua maneira de exercer o poder perante os outros personagens, agindo racionalmente. Maquiavel coloca o conceito de que para governar perfeitamente é necessário que o príncipe consiga ser raposa (ágil, inteligente) e leão (brutal), porém Tom se coloca durante toda a narrativa apenas como raposa, não conseguindo ser leão, ou seja, não conseguindo matar Bernie naquele primeiro momento. Com o decorrer da história, ao final do filme Tom adquire a brutalidade necessária, torna-se leão e consegue executar seu plano feito com mente de raposa e brutalidade de felino.

Assim, vemos que Tom possui tanto as características do conselheiro (auxiliando, dando orientações àqueles homens poderosos e que acreditam em suas palavras, como Leo e Caspar) como do príncipe ideal, descrito por Maquiavel. Portanto, na narrativa fílmica temos um personagem que pode ser comparado tanto ao conselheiro quanto ao príncipe.

A tirania do poder

Sobre a obra de maquiavel vale ressaltar sua definição de Estado: "...todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre o

s homens...e são ou repúblicas ou principados..."(cap. I).Em seguida, o autor propõe-se a examiná-los com profundidade, de acordo com suas características, inicialmente os hereditários e os mistos. Sobre estes, é interessante ressaltar de sua análise que estes são os menos tangíveis de dominação por parte de um usurpador qualquer e também os de maior capacidade de conservação de poder, devido a força existente no comando de um príncipe de uma linhagem de comando já tradicional. Para isso ele aponta algumas soluções, tais como: eliminação da linhagem de nobres que os dominava e não alteração da organização de leis e impostos preexistente, instalação de colônias ou a mudança do novo dominador para o local conquistado.

Sobre o filme, é interessante correlacionar o fato da imposição do respeito aos inimigos ser adquirida na base do medo, em meio a uma guerra de pólos de poder dos grupos gangster, Tom Regan, conselheiro de um chefão do crime nos anos da Lei Seca, tenta manter a paz entre famílias mafiosas rivais, mas se vê envolvido numa trama em que nada é exatamente o que parece ser. Na mesma linha de pensamento do livro, o filme nos mostra que em relações de poder não há confiança, o interesse político se sobrepõe aos valores emocionais, onde ser temido é ter poder.


Por Bruno Rocha

O império do Poder




Miller’s Crossing – Joel e Ethan Coen – 1990 (DVD)

- Acorde, Tommy.
- Estou acordado.
- Seus olhos estão fechados.
- Em quem vai acreditar?

O filme conta a história que se passa em 1929, onde o chefão do crime organizado rompe relações com seu principal auxiliar quando descobre que sua mulher o traiu com ele e passa a trabalhar para o seu maior rival. Retrata um confronto de raças e ambições entre italianos, judeus e irlandeses, que desencadeiam uma guerra por poder, dinheiro e convicções. Da mesma maneira em que no livro “ o príncipe” de Maquiavel o “ ser temido” é mais valorizado do que “ser amado”, este livro que sugere a famosa expressão os fins justificam os meios, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico.

Nesta obra, Maquiavel defende a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo (como muitos pensam). Suas considerações e recomendações aos governantes sobre a melhor maneira de administrar o governo caracterizam a obra como uma teoria do Estado moderno.


Por David Barenco

O Príncipe Tom Ragen

Em "O Príncipe" Maquiavel declara que a natureza humana é ruim, que os homens são egoístas e atentam para seus interesses individuais. Tendo isto em consideração o autor passa a analisar toda a conjuntura do Estado e de como ele deve ser governado pelo seu chefe: o príncipe. Este conteúdo está presente dentro de alguns tópicos, os quais têm como objetivo salientar ações positivas e negativas de um governante, no intuito de orientá-lo para que ele consiga prosperidade como soberano.
No filme "Ajuste Final" há um personagem que possui características descritas por Maquiavel para que um homem possa ser um bom e eficiente príncipe. Este é Tom Ragen que, apesar de não ser o soberano da cidade a qual se passa a história, consegue articular tudo a seu favor e a de seus aliados de forma inteligente. O que ele faz é aparentar que está atuando em prol de um ou outro mafioso, quando na verdade tudo é articulado por ele para que consiga atingir objetivos próprios. O personagem convence os grandes mafiosos com suas ideias e percepções, "conquistando fama de grandeza e excelência" ("O Príncipe, cap. XXI).
Entretanto, ao longo do filme percebe-se que Tom não consegue exercer "força" sobre seus oponentes. Ou seja, segundo a analogia de Maquiavel o personagem apenas consegue atuar como uma raposa, sendo sagaz, inteligente, faltando as características de um leão que age com brutalidade. Afinal, segundo o autor para dominar a situação é necessário que o príncipe consiga agir das duas maneiras: como um leão e como uma rapousa. É no final do filme, no entanto, que Ragen percebe a necessidade da força bruta em ação conjunta com a sagacidade, ao matar o oportunista Bernie, já que sua vida prejudicaria os planos de Tom.
Regan faz alianças com os poderosos, pois são estes que lhe financiarão e o prestigiarão, não esquecendo a ajuda dos inferiores, como a do barmen da casa de festa do mafioso Leo que lhe fornece informações assim como tem por ele certo apreço, demonstrando preocupação com a demora de Tom para pagar sua dívida. Isto é exatamente o que Maquiavel defende em uma parte de seu texto, que o príncipe deve se apoiar nos fortes sem esquecer dos menores, afinal estes poderiam ajudar ou até mesmo rebelar-se contra seu soberano, conforme sua atitude perante esses indivíduos.
É portanto perceptível as inúmeras semelhanças entro o governante que Maquiavel descreve como ideal com o personagem Tom Regan do filme "Ajuste Final". Afinal, os governantes retratados no filme são vistos como fracos, como subalternos dos mafiosos da cidade que têm como conselheiro Tom. Ou seja, a decisão final de uma possível ação na cidade acaba sendo desencadeda por uma ideia de Regan que os mafiosos e os governantes colocam em prática.


Ajuste com o príncipe...

o livro mostra a ideia de que se faça o príncipe de chefe e defensor dos mais fracos, e trate de enfraquecer os poderosos da própria província, e de salvaguardar-se para que não entre um estrangeiro tão poderoso quanto ele. Maquiavel fundamenta toda a sua teoria na história dos grandes homens e dos grandes feitos do passado, afirma que um príncipe deve seguir os passos desses homens poderosos, que alguma coisa sempre se aproveita. -O aspecto marcante de sua obra é quando são tratados os meios de se tornar príncipe, que podem ser dois: pelo valor ou pela fortuna. Entretanto ele adverte que aqueles que se tornaram príncipes pela fortuna tem muita dificuldade para se manter no poder. Porém, a fortuna e o valor não são as únicas formas de se tornar príncipe. Existem outras duas: pela maldade e por mercê do favor de seus conterrâneos. - É melhor ser amado ou temido? A resposta de Maquiavel é que o melhor é ser as duas coisas, mas como é difícil reunir ao mesmo tempo essas duas qualidades, é muito melhor ser temido do que amado, quando se tenha que falhar numa das duas.

Já o filme expressa uma visão complexa e gráfica da era dos gangster nos EUA. Ambientado nos dias desenfreados da Lei Seca, onde o que vale é ser temido por seus inimigos. Ajuste final exibe uma galeria de perigosos assassinos e capangas. Leo é um benevolente gangster irlandês e o líder politico que comanda o lado leste da cidade com a ajuda do anti-herói Tom, seu homem de confiança e conselheiro. Mas seu controle da cidade é desafiado por johnny casper. Apesar de que Tom tenta manter a paz, ele se desentende com Leo por causa de uma garota e se vê profundamente envolvido na guerra entre as gangues.

O texto e o filme seguem relacionados pela mesma temática, a de governar seu “territorio” deixando seus concorrentes com medo, para assim conseguir respeito e poder.


Por Viviane Laprovita Cardozo

Analogia entre O príncipe de Maquiavel e o Filme Millers Crossers (Ajuste Final).

No filme Millers Crossers (Ajuste Final) conhecemos a história de Tom Reagan, um guarda costa de um mafioso chamado Leo que fornece bebidas ilegalmente na década de 30. Isso ocorre devido ao fato da Lei Seca implantada pelo governo norte americano na década de 30 do século XX. O personagem principal, Tom Reagan, vê sua situação se complicar ao entrar num triângulo amoroso com a namorada de seu chefe.

No livro O príncipe, Maquiavel nos mostra, por exemplo, como o líder de uma determinada região deve se comportar para manter-se o máximo de tempo no poder. Dentre as maneiras que o autor encontra para justificar uma maior permanência no poder, deve-se lidar com o respeito para com aqueles que o cercam. Visando preferencialmente ser temido a ser amado. Pois os maiores líderes que tiveram apoio, por exemplo de soldados e do povo, conseguiram obter essa façanha priorizando o medo à idolatração de seus súditos. Este fato também pode ser encontrado na película dos Irmãos Cohen, pois os mafiosos tem o respeito de seus subordinados em parte, devido ao medo que existe nesta relação de poder.

Conclui-se que embora o filme não tenha sido feito sobre a ótica precisa do livro de Maquiavel, traços como saber aconselhar e ouvir remetem a características encontradas no personagem de Gabriel Byrne. Pois este trabalha não só como segurança de um mafioso mas em muitas vezes como conselheiro. Apesar do filme ter sido lançado há aproximadamente 4 séculos antes do livro, a presente analogia é possivel de ser notada.


Alex Vieira Oliveira

Ajuste final e Nicolau Maquiavel por Marcela Gonçalves


O texto de Maquiavel - O Príncipe é uma espécie de manual de como os príncipes deveriam agir para com os súditos. Nicolau elenca características e virtudes que julga essencial para manter o Estado. Nos oferece vários exemplos antigos como o da Grécia, da República ou do Império Romano, para ilustrar e reforçar seus pontos de vista.
Uma dessas qualidades é a de “ser bom simulador e dissimulador” (página 110) desde que isto sirva as suas intenções. O que nos leva a comparar com o filme Ajuste Final dos irmãos Coen, onde o protagonista Tom Reagan age com dissimulação em algumas cenas para escapar de situações e para influências personagens diante de uma guerra cheia de traídos e traidores. Passa a flertar com os dois lados pra poder manter-se vive apesar de estar endividado.
Existem outras características que podemos comparar “O Príncipe” e o filme como, por exemplo, a reputação de generoso, destacada por Nicolau no capítulo XVI e encontrada no personagem Leo que em algumas cenas é caracterizada pela mulher que se relaciona de bom coração e benevolente e apesar de tudo era essa imagem que gostava de passar.
A severidade é característica do Johnny Casper e do capanga Eddie Dane. Podemos observar que boa parte dos principais personagens possui algumas qualidades citada no texto de Maquiavel e que não só supostamente eram usadas para uma boa monárquica, mas também para gangsters que queriam o controle da cidade e se manter no poder.

Relacionando o filme "Ajuste final" e "O Príncipe" de Maquiavel, por Thaís Brito

O filme Ajuste final se propõe a retratar um cenário de uma cidade em poder de gângsteres. Desse modo, é possível concluir de imediato que a situação apresentada não será das mais pacíficas retratadas em uma tela de cinema, muito pelo contrário, o filme acaba se desenvolvendo de maneira intensa e bastante violenta, acentuado pelo quadro de traições continuamente enfatizado. O protagonista, Tom Reagan, a princípio se apresenta como homem de confiança de Leo, um poderoso gângster que possui influência política de maneira notável. Devido a alguns acontecimentos, a aliança entre Tom e Leo é quebrada e Tom se encontra abordado pelo bookmaker Johnny Caspar que solicita seus serviços. Ficam em evidência os conflitos de interesses e as trocas de favores que no final das contas acabam por não beneficiar ninguém, já que Tom se encarrega de tapear praticamente todos com quem se envolve.

A obra de Maquiavel tem como finalidade esclarecer modos através dos quais é possível governar um Estado “corretamente”, a partir dos olhos do autor. Os capítulos propostos se focam basicamente em analisar o modo como os príncipes devem se comportar, e Maquiavel chega a ressaltar em vários momentos que uma das características essenciais aos príncipes seria a de não deixar transparecerem seus defeitos ou suas virtudes. O comportamento do príncipe estaria constantemente sujeito a mudanças, variando de acordo com qual lhe é conveniente em cada momento, o que pode levá-lo até mesmo a ser cruel desde que tenha como objetivo manter seu povo unido. Maquiavel ainda diz que um príncipe necessita ser bom simulador e dissimulador, de modo que se não possuir certas qualidades ao menos aparente que as possui, já que para manter o governo muitas vezes precisará agir contra aquilo que é considerado certo.

Tais características do príncipe, muito prezadas por Maquiavel, acabam se aplicando aos métodos dos quais os gângsteres do filme se utilizam para manterem uma relação de respeito entre eles e seus “súditos”. Acima de qualquer coisa eles são temidos, independente de serem queridos ou odiados, assim como os príncipes partindo do ponto de vista de Maquiavel. No filme, assim como valorizado por Maquiavel, ninguém é capaz de manter sua palavra, agem sempre de acordo com seus próprios interesses. Porém, enquanto os príncipes devem agir em favor dos interesses do povo, não importando como e sem dar atenção a maneira como acabarão sendo vistos devido a suas atitudes; já os gângsteres agem em benefício próprio, ainda assim demonstrando se preocupar com seus subordinados em dados momentos para que não resolvam se virar contra eles. É notável que tanto príncipes quantos gângsteres precisam ser cautelosos em suas relações, preservando seus interesses e agindo ou fingindo agir em nome do povo, nunca esquecendo de demonstrar seu poder e sua grandeza.

domingo, 1 de maio de 2011

Resenha sobre "Ajuste final" relacionando com "O príncipe" de Maquiavel por Luana Calazans.

O filme “Ajuste final” é um filme lançado no ano de 1990, é o terceiro trabalho dos irmãos Cohen. O filme se ambienta nos anos 30, na época da Lei Seca nos Estados Unidos e conta a história de Tom Reagan, que era algo como o braço direito do chefe do tráfico de bebidas na cidade, e que de repente se vê no meio de uma disputa entre seu chefe, Leo, e outro gângster, Johnny. O personagem então se vê envolvido com os dois lados dessa disputa e apaixonado por uma mulher que também mantém um relacionamento com seu chefe, Leo. O filme foge dos paradigmas de outros filmes que tratam deste tema, pois não trata simplesmente da ascensão ou decadência e sim, do caminho percorrido, estratégias e reavaliações de parâmetros para a realização do objetivo do personagem.

Em “O príncipe”, livro dedicado a Lourenço de Médici que era Príncipe do estado na época, Maquiavel pretendia oferecer conselhos de como agir, se portar de modo que o príncipe pudesse obter e manter o poder sem ser odiado pelo povo.

Podemos associar os dois em alguns trechos do filme. Como já havia mencionado no primeiro parágrafo o filme trata sobre o caminho percorrido pelo personagem até atingir seu objetivo que podemos observar também no texto de Maquiavel que ensinaria os meios para o Príncipe conquistar seu objetivo. No capítulo XVII de seu livro, Maquiavel afirma que ser temido é melhor do que ser amado, pois em momentos de necessidade às vezes não podemos contar com as amizades que temos, o que também podemos observar no filme. Na cena do atentado a Leo, podemos conectar com o discurso de Maquiavel que diz que um líder deve ser temido, mas não odiado.

E com isso podemos observar que mesmo tendo sido escrito em 1513, o livro de Maquiavel ainda é muito atual, tendo influenciado muitas pessoas não só na ficção como também na realidade com sua famosa interpretação “O fim justifica os meios”.

Manual final de um príncipe

Peço para que não se inspirem no que vou escrever, pode ser?!

Eis a coroa de um mafioso

Os homens, príncipes ou não, são notados por seus traços de personalidade, sejam elas boas ou não. A maior quantidade de boas qualidades é sempre preferível, porém não é real na existência humana. E ainda que contraditório, os maus traços, podem levar a um bom governo. É exercer por caminhos tortos, isso é possível por seguir o curso natural.
Para um bom governo deve ter poucas despesas, não repassando assim os dividendos para seus súditos, agindo como rapinante. Ser miserável é ter controle e poder governar. Se é reprovado pegar dinheiro de sei povo o mesmo não acontece com os seus inimigos/rivais, pois há reinos que conseguem se construir e manter com os corsários, ter prestígio frente aos demais e assim exercer seu poder.
Entre ser amado e temido a possibilidade de menores danos é ser temido. Porque, os homens agindo de acordo com seus interesses ficam ao lado de quem lhes traz benefícios. Porém essa dedicação é interesseira e logo os acordos se desfazem, pois só o amor é capaz de manter a lealdade ou irmandade. Esse vínculo é mais ligado a obrigação, já o outro alimenta o medo de sofrer vingança, gerando uma constante instabilidade, pois o que foi negado, nesse caso, será cobrado com certeza, além de punido.
Saber simular e dissimular o que é dito é importante para assegurar que não perca sua força. Quanto mais novo o governante, maiores são as chances de ser enganado pelos interesses particulares dos homens, uma vez que não possuem experiência prática de governo. A boa observação é muito importante, mas não suficiente para determinar a eficácia do aprendizado de governo.
Quantitativamente, há sempre muitos conspiradores, porém mesmo esses que desgostam do modo como o governo é encaminhado, tem a vontade de com a traição conseguir benefícios. Por esse motivo, as conspirações são falíveis. Ser admirado pelo povo é necessário, ainda que não por todos, pois quando odiado, a desconfiança desestabiliza a ordem. Ter a maioria ao seu lado inclina as decisões, sejam elas cruéis ou não. No entanto, é a forma de se manter no poder, seja ele herdado ou conquistado.

Mayara Caetano

Maquiavel e o Ajuste Final

Em o Ajuste Final, Tom Reagan é o homem de confiança de Leo, um poderoso gangster que controla parte da cidade de Chicago na década de 1930. A relação entre os dois acaba quando Leo descobre o envolvimento de sua namorada com Tom. Este então começa a trabalhar com Johnny, o maior rival de seu ex-chefe. A rivalidade entre os dois gangsteres cresce de tal maneira, que logo toda a cidade entra em guerra e Tom, com toda sua astúcia, passa a ser a principal peça desse jogo.

Na sua obra “O Príncipe”, Maquiavel tem como objetivo oferecer conselhos ao príncipe de seu país de como se portar e agir, visando manter a longevidade no trono e obter a aprovação dos seus súditos. Podemos relacionar alguns conceitos de Maquiavel com algumas situações presentes no filme.

Maquiavel afirma que o príncipe deve preocupar-se mais em ser temido do que amado, porém deve agir procurando evitar ser odiado, uma vez que o ódio pode levar a formulação de conspirações contra sua vida. Pois é exatamente o que ocorre com Leo, conhecido como o “chefe” na cidade, que sofre um atentado em sua casa, e de uma maneira inacreditável consegue sobreviver.

Para Maquiavel, o príncipe deve aconselhar-se sempre que achar necessário, indagando bastante e ouvindo o que lhe é respondido com paciência. O papel que Tom desempenha para seus chefes é justamente de aconselhador, devido a sua inteligência e capacidade de ver as situações por outro ângulo. Essas características permitem a Tom influenciar os outros personagens, visando assim manter o controle do jogo.

Outro conselho dado por Maquiavel ao príncipe é que o mesmo deve saber alinhar a natureza do homem, que combate através da lei, com a natureza do animal, que se utiliza da força, pois uma desacompanhada da outra gera instabilidade. Sendo necessário ser um bom simulador e dissimulador. Essa é uma das principais características de Tom, o que fica evidente principalmente em uma das ultimas cenas do filme, em que Tom, com toda a sua astúcia, arma uma armadilha para pegar Bernie (o homem que o chantageava) e Johnny.

Podemos perceber então que o filme utiliza muitas das teorias de Maquiavel para desenrolar um violento jogo de poder.

Resenha crítica sobre o filme “Ajuste Final” com base em alguns capítulos de “O Príncipe” de Maquiavel, por Isadora Mann

O filme “Ajuste Final”, de 1990, é uma produção basicamente sobre alguns gângsters de New Orleans. O personagem principal é o gângster Tom Reagan, braço direito do chefão do tráfico de bebidas de Nova Orleans. De repente, ele se vê no meio de uma violenta disputa entre seu chefe Leo e outro gângster poderoso, Johnny. Para piorar, ele se apaixona pela namorada de seu chefe e eles começam a ter um caso às escondidas, até que Tom resolve contar a Leo sobre os dois. Furioso, Leo corta relações com Tom e este resolve se aliar a Johnny, que sempre quis tomar o lugar de Leo. E a partir daí muitas coisas (não necessariamente boas) acontecem.


“O Príncipe” é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1513. Na verdade é um tratado político que descreve as maneiras corretas (segundo Maquiavel) de conduzir os negócios públicos internos e externos e, fundamentalmente, como conquistar e manter um principado. Esse tratado político possui 26 capítulos mas apenas alguns deles servirão de base para a resenha (do capítulo XV até o capítulo XXI).


Maquiavel, no capítulo VXIII, deixa claro que para ser um bom príncipe, ele precisa ser dissimulado quando necessário. “(...) não é preciso que o príncipe tenha todas as qualidades mencionadas; basta que aparente possuí-las. (...)” Essa característica fica clara no filme, onde os personagens são ambíguos e moralmente decadentes, que nunca são exatamente aquilo que parecem ser. Assim como príncipe de Maquiavel. Além disso, é nesse capítulo que sugere a famosa expressão “os fins justificam os meios”. Expressão essa que certamente é valorizada pelos personagens dos filmes, uma vez que para eles apenas importa chegar onde querem, nem que para isso vidas sejam perdidas e a moral, esquecida.


Em outro capitulo, como o XVII, é debatida a questão se é melhor para o príncipe ser amado ou temido. De acordo com Maquiavel, é mais seguro ser temido porém se preocupar em evitar ser odiado. Assim como os gângsters do filme. Eles são temidos até por alguns de seus homens, mas se estes o odiassem, não trabalhariam para eles.


Vê-se que, embora o livro e filme tenham sido feitos com quatro séculos de diferença, muitas semelhanças ocorrem entre o príncipe ideal de Maquiavel e os personagens “maquiavélicos” do filme.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Disciplina: Introdução à Comunicação Política

Ementa: O campo de estudos da Comunicação Política. Os meios de comunicação como agentes, instrumentos e arena da disputa política no cenário contemporâneo. Os meios de comunicação como instituição política. Mídia e processos eleitorais. Meios de comunicação e política no Brasil.


Horas/aula teórica: 4 horas por semana


Carga Horária: 60 horas


Professor responsável: Prof. Dr. Afonso de Albuquerque


Parte I: Os fundamentos clássicos da Comunicação Política


Finley, Moses I. Democracia Antiga e Moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988, cap. 1 e 5.


Platão. A República. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1983. Capítulo 7.


Perelman, Chaïm e Lucie Olbrechts-Tyteca. Tratado da argumentação. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Introdução


Parte II: A Comunicação Política e a Construção do Estado Moderno


Maquiavel, Nicolau. O príncipe. In Nicolau Maquiavel. Vida e Obra. São Paulo: Abril Cultural, 1999 cap XV a XXI (p. 99-134)


Burke, Peter. A Fabricação do Rei. A construção da imagem pública de Luis XIV. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994. Cap 1 (p. 13-25)


Parte III: A Construção do Governo Representativo


Pitkin, Hanna Fenichel. O conceito de representação. In Fernando Henrique Cardoso e Carlos Estevam Martins. Política & Sociedade. São Paulo: Companhia Editora Nacional, p. 8-22.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Se você argumentar corretamente, nunca estará errado"

A introdução do "Tratado da Argumentação", de Perelman e Tyteca, pode ser relacionada ao filme "Obrigado por Fumar", de Jason Reitman, em inúmeros pontos. A relação mais evidente que pode ser feita é a questão de ambos terem como foco a argumentação e seu poder. No filme, Nick Naylor usa a fala, através das palavras e tom de voz ideiais, para defender uma causa criticada por muitos: a indústria do cigarro. O personagem possui uma habilidade incrível na retórica. Em paralelo, o texto baseia-se em uma análise em torno da palavra e das maneiras de utilizar a mesma para persuadir outros indivíduos, através da nova retórica.

No texto, são apresentados como os três “personagens” necessários para que haja o processo de fala o “discurso”, o “orador” e o “auditório”. Relacionando ao filme, o “discurso” é “o cigarro não faz mal à saúde”, o “orador” é Nick Naylor, e, por fim, o “auditório” são os indivíduos fumantes e não fumantes, também.

Tratado da argumentação x obrigado por fumar por Viviane Laprovita

O filme trata da exemplificação da arte da nova retórica na qual se refere Perelman. É a história de Nick Naylor, o principal porta-voz das grandes empresas de cigarros, que ganha a vida defendendo os direitos dos fumantes nos Estados Unidos.
Através de discursos de carater altamente coersivo, Nick manipula informações em entrevistas a programas de TV, onde seu discurso acaba por fazer diminuir os riscos do cigarro ao invés de aumentá-los. Utiliza a idéia de evidência para convencer seu auditório e realiza a arte de raciocinar a partir de opinioes geralmente aceitas.
Podemos afirmar que Nick se baseia na frase citada no texto, onde aparece a idéia de que "Em função de um auditório que qualquer argumentacao se desenvolve." para convencer seu público e criar uma imagem pública aceitavel para as empresas de cigarro.
Outra forma de retificar isso é o trecho do texto da página 7: " O que conservamos da retórica tradicional é a idéia mesma de auditório, que é imediatamente evocada assim que se pensa num discurso. todo discurso se dirige a um auditório, sendo muito frequente esquecer que se dá o mesmo com todo escrito, enquanto o discurso é concebido em funcao direta do auditório, a ausencia material de leitores pode levar o escritor a crer que está sozinho no mundo . conquanto na verdade seu texto seja sempre condicionado inconscientemente por aqueles a quem pretende digirir-se."
Podemos concluir, a partir das palavras de Perelman que o orador é obrigado a adaptar-se a seu auditório, sendo facilmente compreensivel que o discurso mais eficaz sobre um auditorio incompetente nao é necessariamente o que comporta a convicção do filosofo.
É o que faz o personagem principal do filme Obrigado por fumar, em seus discursos, utilizando a evidência para tornar o auditorio mais acessivel aos argumentos que lhe serão apresentados.

"Obrigado por fumar" por "Tratado da Argumentação"


Assim que se começa a ler a introdução do texto “Tratado da Argumentação”, de Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca, já é possível encontrar várias citações onde o filme “Obrigado por fumar” é lembrado. No longa, a idéia de que é necessário colocar sinais de veneno nos maços de cigarro é tratado como evidência. Uma evidência contra a qual Nick Naylor tenta lutar. Mas, quando lemos o texto, percebemos que esta idéia que se tem do cigarro pode não ser tão evidente. Há um trecho em que os autores afirmam “... pois não se delibera quando a solução é necessária e não se argumenta contra a evidência”. Pode-se, portanto, chegar à conclusão de que, como há argumentação, a evidência não existe. O que há são diferentes possibilidades de raciocínio dentro de um mesmo tema. 

                No filme, Naylor age exatamente como os autores descrevem o campo da argumentação, como sendo o “do verossímil, do plausível, do provável, na medida em que este último escapa às certezas do cálculo”. Esta é a intenção: usar de idéias em que seja possível acreditar (e que sejam realmente possíveis de existir) e fazer com que o outro compre a sua idéia, seja ela verdadeira ou não.
                A idéia da evidência, citada anteriormente, volta ao longo do texto, como na página 4. No trecho “a evidência é concebida, ao mesmo tempo, como a força a qual toda mente normal tem de ceder e como sinal de verdade daquilo que se impõe por ser evidente”, mais uma vez podemos perceber que a necessidade da implantação de rótulos de veneno nos maços de cigarro não é algo evidente e visto como necessário por todos. Se Nick Naylor pode fornecer argumentos contrários a este pensamento e não se submete a esta “evidência”, a verdade plena já não existe. 

                Na mesma linha de raciocínio, outro trecho ainda diz que “a teoria da argumentação não pode se desenvolver se toda prova é concebida como redução à evidência”. O que as provas indicam são apenas novas formas de se pensar sobre o tema proposto. O que Nick Naylor procura fazer é mostrar essa teoria na prática (embora provavelmente não saiba que está fazendo isto). Ele inclusive tenta passar esta forma de pensar e a técnica de “convencimento” que possui para o seu filho, Joey. Seria como um talento que precisa ser ensinado para se perpetuar. Mas o garoto começa a aprender e a agir exatamente como seu pai, o que traz preocupação ao homem. Seria esta mesmo a melhor forma de agir? Argumentar (muitas vezes nem acreditando no que está dizendo) mesmo trazendo prejuízos para os outros e para si mesmo?

MESA: Novas midias, o que muda na politica?

Nesta mesa tivemos o debate acerca do impacto das novas midias sobre a politica, que vem alterando conceitos e promovendo demais debates importantes.
O quadro politico sofreu determinadas alterações desde a tendencias do uso do CMC, seja para divulgação e/ outras finalidades.
Essa tendencia vem acirrando as relações de poder entre sociedade, estado e partidos, bem como modificando o mode do " fazer politica".
Podemos dizer que um grande impacto foi no que tange a comunicação e acessibilidade, tornando também o fazer politico mais facil, explicito, visto a amplitude do alcance social da rede, o que desencadeia em novos processos politicos ,de relações e processos eleitorais. Porém isso tudo pode causar um tensionamento entre visibilidade e credibilidade, pois estar na rede e acessivel a todos nao significa verdade e / ou correto, visto que nao ha provas acima do exposto.
Pensando na logica da comunicação, este processo de CMC através das novas midias faz com que o estado/poder se estruture e re-estabeleça estrategias, como num processo de dominação, fazendo com que este mkt e comunicação politica proporcione maior visibilidade, mas que por outro lado questione a questao da credibilidade.
Pode-se destacar ainda dentro desta questão algumas consequencias como : reconhecimento - a tecnologia permite " ser e ser visto" ; autonomia de criação de redes e estruturas proprias ; pertencimento - identidade compartilhada com o outro ; amplificação - capacidade de amplificar sua voz em um espaço publico ; Reprodução independente e de qualidade; repercussão - interesse de outros grupos ; multipliciadade de informação - cria a possibilidade de organizar essas informações ocasionando a escolha por parte da sociedade - ; interatividade entre sociedade midia e poderes; afetividade - relações afetivas e virtuaisque se mistruam com o mundo real tendo a ideia de maior participção politica pela sociedade ; publicidade e propagando - persuassão e estrategias de comunicação ; ideia de memorias - documentalçao e resgistros de fatos historicoas entre outros.
Logo podemos concluir que o estado propoem este estreitamento da ralação no novo modo de fazer politica atraves da comunicação mediada por computadoras e nvoas midias, porém devemos ressaltar que para que tudo ocorra de tal forma, o politico deve saber falar e transmitir seu pensamento e ideias, de forma clara e objetiva, preocupando com a veracidade das informações obtidas e repassadas através destas novas midias.

Analogia entre o filme “Obrigado por fumar e o livro Tratado de Argumentação”.

No filme, conhecemos como o lobista chamado Nick Naylor consegue persuadir nos mais diferentes meios de comunicação as pessoas a consumirem o cigarro sem que isso seja considerado , segundo suas argumentações algo errado ou passível de críticas.


No tratado da Argumentação, de Chaim Perelman fica claro como podemos decidir que proposições o autor deve utilizar e, as que deve descartar para ratficar as expressões que irão induzir alguém a acreditar no seu sistema coercitivo.


Podemos concluir que assim como no livro, o personagem principal do filme utiliza dessas técnicas de persuasão e coersão para construir um jogo de verdades que irá ajuda-lo a propagar a indústria do cigarro. E isso ocorre da forma mais branda para que haja uma associação negativa de menor impacto para o produto vendido. O que facilitaria a aceitação do grande público sem a necessidade de maiores problemas para a companhia de cigarros e para o argumentador.



Alex Vieira Oliveira

Resenha do filme " Obrigado por fumar"

O filme obrigado por fumar retrata além de uma historia sobre a industria do cigarro e o impacto disso com a sociedade, nos passando a importancia da argumentação para se chegar a adesão.
Comparando-o com o texto de Chaim Perelmam e Tyteca, o Tratado da Argumentação, nos faz comprrender a argumentação e seus fins conhecendo assim alguns elementos que o fundamentam. Distinguindo por ora o convencimento da persuassão.
Uma argumentação apresenta diversos argumentos que possibilitem um alcance com o verossimel , o provavel, porém nao sendo essa uma verdade. Argumentar é por-se do ponto de vista do intelocutor motivando-o a a adesão seja pelo envolvimento racional ( convencimento) ou emocional ( convencimento).
No filme podemos retratar isso através de um dialogo do pai com o filho " argumentar corretamente nunca se esta errado", tanto que o lobista Nick Naylor consegue de tal forma convencer a todos com sua argumentação mesmo se tratando de um debate tao polemico acerca dos maleficios do cigarro.( Esta fala se da na cena do pai auxiliando o filho no trabalho escolar sobre o gov americano).
Uma outra cena em para se destacar é a que o filho dia ao pai que nao convenceu a mae por base de negociação e sim usando um metodo argumentativo, baseado num metodoc contraditorio em que nao implica mostrar-lhe que ele estaria certo e sim ela como foco/objeto e que estaria errada. Dessa forma contraditoria o lobista também consegue sucesso ao convencer o ex personagem da propagando do Marlboro a ficar com o dinheiro e calar-se perante a midia.
O filme bem como o texto nos demosntra o processo de uma argumentação, suas estrategias e logicas, mostranto o papel do interelocutor em relação ao receptor,que nos faz concluir que a tarefa da argumentação é ter razão, uma forma sutil de manipulação.

Cibele Pontes

Tratado da Argumentação e Obrigado por Fumar, por Bruno Pestana.

No filme "Obrigado por Fumar", o personagem principal, Nick Naylor, é assessor de uma fábrica de cigarros e viaja por seu país realizando palestras e dando entrevistas que tratam da amenização do que se conhece sobre os males do hábito de fumar. Nick deve então argumentar persuadindo e convencendo seus ouvintes, nas diferentes mídias.
O filme relaciona-se com o texto Tratado da Argumentaçã, dos autores Chaim Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca, na ideias dispostas no texto de que um narrador deve adequar seu discurso de acordo com os diferentes tipos de público e de que há uma distinção entre persuadir e convencer. Essa distinção estaria relacionada ao fato de que a persuasão é ligada a emoção, estando diretamente ligada a estimulos de vontade e o convencimento, por sua vez, é algo ligado a estímulos mais racionais.
Tanto no texto quanto no filme, fica clara a ideia de que um narrador deve saber administrar a persuasão e o convencimento para que haja uma boa argumentação e que esses elementos devem ser moldados por esse narrador de acordo com o público ao qual ele se dirige.