domingo, 1 de maio de 2011

Manual final de um príncipe

Peço para que não se inspirem no que vou escrever, pode ser?!

Eis a coroa de um mafioso

Os homens, príncipes ou não, são notados por seus traços de personalidade, sejam elas boas ou não. A maior quantidade de boas qualidades é sempre preferível, porém não é real na existência humana. E ainda que contraditório, os maus traços, podem levar a um bom governo. É exercer por caminhos tortos, isso é possível por seguir o curso natural.
Para um bom governo deve ter poucas despesas, não repassando assim os dividendos para seus súditos, agindo como rapinante. Ser miserável é ter controle e poder governar. Se é reprovado pegar dinheiro de sei povo o mesmo não acontece com os seus inimigos/rivais, pois há reinos que conseguem se construir e manter com os corsários, ter prestígio frente aos demais e assim exercer seu poder.
Entre ser amado e temido a possibilidade de menores danos é ser temido. Porque, os homens agindo de acordo com seus interesses ficam ao lado de quem lhes traz benefícios. Porém essa dedicação é interesseira e logo os acordos se desfazem, pois só o amor é capaz de manter a lealdade ou irmandade. Esse vínculo é mais ligado a obrigação, já o outro alimenta o medo de sofrer vingança, gerando uma constante instabilidade, pois o que foi negado, nesse caso, será cobrado com certeza, além de punido.
Saber simular e dissimular o que é dito é importante para assegurar que não perca sua força. Quanto mais novo o governante, maiores são as chances de ser enganado pelos interesses particulares dos homens, uma vez que não possuem experiência prática de governo. A boa observação é muito importante, mas não suficiente para determinar a eficácia do aprendizado de governo.
Quantitativamente, há sempre muitos conspiradores, porém mesmo esses que desgostam do modo como o governo é encaminhado, tem a vontade de com a traição conseguir benefícios. Por esse motivo, as conspirações são falíveis. Ser admirado pelo povo é necessário, ainda que não por todos, pois quando odiado, a desconfiança desestabiliza a ordem. Ter a maioria ao seu lado inclina as decisões, sejam elas cruéis ou não. No entanto, é a forma de se manter no poder, seja ele herdado ou conquistado.

Mayara Caetano

Nenhum comentário:

Postar um comentário