segunda-feira, 2 de maio de 2011

A tirania do poder

Sobre a obra de maquiavel vale ressaltar sua definição de Estado: "...todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre o

s homens...e são ou repúblicas ou principados..."(cap. I).Em seguida, o autor propõe-se a examiná-los com profundidade, de acordo com suas características, inicialmente os hereditários e os mistos. Sobre estes, é interessante ressaltar de sua análise que estes são os menos tangíveis de dominação por parte de um usurpador qualquer e também os de maior capacidade de conservação de poder, devido a força existente no comando de um príncipe de uma linhagem de comando já tradicional. Para isso ele aponta algumas soluções, tais como: eliminação da linhagem de nobres que os dominava e não alteração da organização de leis e impostos preexistente, instalação de colônias ou a mudança do novo dominador para o local conquistado.

Sobre o filme, é interessante correlacionar o fato da imposição do respeito aos inimigos ser adquirida na base do medo, em meio a uma guerra de pólos de poder dos grupos gangster, Tom Regan, conselheiro de um chefão do crime nos anos da Lei Seca, tenta manter a paz entre famílias mafiosas rivais, mas se vê envolvido numa trama em que nada é exatamente o que parece ser. Na mesma linha de pensamento do livro, o filme nos mostra que em relações de poder não há confiança, o interesse político se sobrepõe aos valores emocionais, onde ser temido é ter poder.


Por Bruno Rocha

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