quarta-feira, 20 de abril de 2011

GT7: Políticas de comunicação

No GT7 segunda sessão (políticas de democratização dos meios de comunicação) de sexta feira tivemos,respectivamente,a apresentação dos trabalhos de Raquel Gomes de Oliveira (UFBA) e Luciana Pinto (UFMG),Viktor Chagas (UFF),Ivonete da Silva Lopes (UFF) e Mariela Portz Dorneles (UNIVATES)

O primeiro trabalho apresentado foi sobre Internet como alternativa para o engajamento cívico - Reflexões sobre o caso das ONGs.
O objetivo da pesquisa era saber como se dá a utilização e possibilidade de engajamento cívico na internet com auxílio das ONGs. O engajamento cívico foi definido como ligação ativa com os assuntos sociais, sendo de modo individual ou coletivo.
Das ONGs que participaram da pesquisa, 60% possuem espaço na rede. Dentre elas 20% não contam com rede ativa, 70% tem sites e desses 15% tem tanto o domínio .com e outros (blogs,orkut,twitter,facebook). Os demais, 30% tem blogs.
O espaço de interação nos sites é mínimo, se resumindo ao fale conosco e enquetes. Do conteúdo de divulgação, por volta de 93% se resume em informações institucionais.
A conclusão, segundo as pesquisadoras, não foi o que esperavam, pois o uso da internet não tem sido eficaz. Existem maiores possiblididades de divulgação e manutenção, que deveriam ser exploradas pelas ONGs. Já o engajamento cívico demonstra semelhança com o comportamento fora da rede, quem possui algum engajamento continua na internet e os demais tem um potencial ainda não explorado.

O segundo trabalho foi sobre Economia informal e legislação sobre bancas de jornais: urbanismo, urbanidade e disputas fraternas pelo uso do espaço público.
Na disputa por espaço público foi abordado o papel histórico, político e social das bancas de jornais e jornaleiros. Essa categoria, têm como início ligação íntima com mercadores na França do século XVII. Hoje, pode ser considerada uma categoria intermediária entre ambulantes e lojistas.
O período analisado é o do mandato de Chagas Freitas, César Maia e Conde. O suporte para o estudo são as legislações desse período. Nela, estão determinados o distanciamento entre bancas, entre lojas/bancas, as dimensões físicas/espaciais das mesmas.
A partir dai, surgiram questionamentos sobre poder de livre concorrência; a auto organização das bancas; a regulamentação por se inserir no campo da imprensa caberia a União e para o Município as normas de conduta.
Independente do questionamento de quem caberia a regulamentação a cobrança de valores materiais, cadastramento pelo Município, que é o atual regulador, garantem as bancas uma estabilidade geográfica para o comércio.
Outra questão abordada foi a publicidade nas bancas (laterais/fundo). As hipóteses levantadas foram a queda na venda de periódicos, que influenciam no rendimento e seriam repostos com essa prática; a lei contra poluição visual dos outdoors, levaria para as bancas uma possibilidade de divulgação de campanhas.

O terceiro trabalho sobre Cultura política e democratização da comunicação no Brasil, ainda estava em definição de conceitos e elaboração. O que pude extrair da apresentação foi que o governo Lula tentou conciliar os interesses entre os empresários e o social.

O quarto e último trabalho foi sobre Estratégias de marketing político por organizações partidárias interioranas.
A partir de uma pesquisa de opinião do IBGE onde a credibilidade política estava em último lugar, no juízo de valor dos entrevistados, surgiu a ideia de analisar como se articulam os partidos do interior do Rio Grande do Sul.
Ao que tudo indica os partidos localizados no interior tem características regionais, oposto ao que ocorre nas capitais. A maneira como são direcionados os períodos pré e pós campanhas seguem a personalidade do presidente em gestão. Por exemplo, onde o presidente vem da área do Direito os eventos de divulgação de propostas partidárias são chamados de doutrinação. Já outro realiza caravanas, churrasco e etc.
Nenhum deles possui um meio eletrônico de comunicação. E os outros meios midiáticos é clara uma despreocupação, que só tem uma pequena modificação nas épocas de campanhas onde dependendo do partido e seus membros pode contar com um espaço em programas de rádio,que tem maior apelo na região ou então polemizar assuntos para chamar atenção para si, que é o caso de um candidato do PTB.
As conclusões da análise foram:
  • falta de apoio dos diretórios de outras instâncias para o interior, ainda que seja pouco expressivo quantitativamente;
  • não cultuam a expansão da sua imagem, mesmo sabendo da importância da mesma;
  • diferenças de ações de marketing com o partido e determinados candidatos que tem maior apelo;
  • falta de acesso econômico dificultando maiores investimentos;
  • desarticulação entre partidos e mídia;
Mayara Caetano


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